Artigos
As reformas estruturais para o desenvolvimento econômico e social
O que o Brasil precisa para crescer e reduzir a pobreza e desigualdades?
No primeiro artigo da coluna em 2024, a pesquisadora do IPEA, dra. Katia Rocha, apresenta as principais recomendações trazidas no Relatório Econômico para o Brasil, documento elaborado pela OCDE e divulgado no apagar das luzes de 2023.
O documento é rico na proposição de agendas e foi construído a partir de experiências e dados de países membros e não membros - respaldadas por modelos econômicos de crescimento de longo prazo.
A agenda de reformas, cuja base é a melhora da governança, tem o potencial de gerar um aumento de 20% no nível do PIB per capita em 15 anos, e crescimento adicional de 1% do PIB ao ano. Leitura essencial em um momento em que se discute uma série de reformas para alavancar o crescimento econômico e social, com diminuição da pobreza e desigualdades.
'Viu? Aqui não é só no papel': ANA e a efetividade de suas ações pró-equidade de gênero
A igualdade de gênero deve - ou deveria - se tornar pauta comum das agências reguladoras federais em 2024. Um primeiro passo para tratar do tema é mapear as iniciativas existentes e as principais lições aprendidas.
Neste artigo, Michelle Holperin e Mariane Ravanello apresentam as diferentes ações adotadas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) em prol da equidade de gênero na Agência.
A ANA possui há mais de 7 anos um Comitê Pró-Equidade de Gênero, que tem executado uma série de ações de comunicação e educação dentro da Agência. Para além das ações do Comitê, práticas silenciosas, como a busca ativa por maior diversidade nas posições de liderança, mostram o engajamento institucional da agência com a equidade e a eficiência de sua gestão. A ANA é a única agência, desde a criação da Aneel em 1996, a ter duas mulheres ocupando a posição de diretoras-presidentes. Mais recentemente, o fato de a diretora-presidente ter se tornado mãe durante o seu mandato merece não apenas reconhecimento público, como também ampla divulgação.
Tokenização de ativos e Infraestruturas de Mercado Financeiro
Como desenvolver mercados de ativos tokenizados eficientes e seguros? É possível que as infraestruturas de mercado financeiro (IMFs) integrem as tecnologias emergentes e exerçam suas funções típicas em outro ambiente digital?
Neste artigo, Camila Villard Duran, Juliana Facklmann e Paloma Sevilha, trazem alguns conceitos-chave dessa discussão e três importantes reflexões sobre os principais desafios regulatórios envolvidos.
Novas tecnologias, especialmente aquelas relacionadas a registros distribuídos, como a blockchain, estão transformando o sistema financeiro tradicional. O processo de criação e circulação de tokens exige uma infraestrutura que dê suporte a seu ciclo de negociação, envolvendo características específicas de cada ativo virtual. Esse processo tem gerado demandas econômicas quanto às potencialidades de se ressignificar, ou complementar, as atuais infraestruturas em registro distribuído, o que daria o substrato de confiança institucional às relações jurídicas tokenizadas.
Os desafios são significativos, mas necessários para a sustentabilidade de uma economia, de fato, tokenizada. O caminho envolve não apenas superar desafios tecnológicos, mas também adaptar-se a requisitos regulatórios, garantindo uma transição bem-sucedida para as finanças em DLT, com segurança jurídica e eficiência econômica.